Check-up neurológico evita complicações e autodiagnóstico

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A cefaleia, termo médico para dor de cabeça, é definida pela Classificação Internacional de Cefaleias como uma dor sentida em qualquer região da cabeça, acima da linha dos olhos ou dos ouvidos e atrás da cabeça, que pode variar em intensidade e frequência.  Por vezes, a cefaleia pode gerar apreensão e questionamentos sobre sua causa e origem.

Embora a maioria das dores de cabeça não esteja associada a problemas graves, identificar sinais de alerta e buscar uma avaliação médica qualificada é fundamental. “Sinais como dores persistentes, alterações no padrão da dor, formigamento, tonturas frequentes, mudanças na visão ou dificuldade para encontrar palavras podem indicar problemas neurológicos subjacentes”, de acordo com o Dr. Davi Said Araújo, médico neurologista especialista em doenças cerebrovasculares e mestre em ciências médicas. A análise profissional permite um diagnóstico preciso e a orientação adequada, principalmente em situações que demandam atenção especializada e acompanhamento.

Dr. Frederico Prado, neurologista e neurofisiologista da Clínica Neuropleno, relata que, com o o facilitado à internet, muitas pessoas autodiagnosticam dores de cabeça. “Todo dia no consultório, vejo como a internet mudou nossa relação com a saúde. As pessoas chegam com uma lista de possíveis diagnósticos, muitas vezes assustadas com a ideia de ter um aneurisma cerebral. Mas a realidade é bem diferente do que se lê por aí”.

Segundo o Dr. Marconi Cosme, neurologista especialista em neurofisiologia, dores de cabeça são bastante comuns e quase metade da população as tem em algum momento, enquanto aneurismas são bem mais raros e atingem cerca de 3% da população. O neurologista ressalta que a maioria dos casos de aneurisma não tem sintomas, e muitas vezes são descobertos por acaso em exames de rotina.

O Dr. Romilto Pacheco,  neurocirurgião da Clínica Neuropleno, destaca que o tratamento de aneurismas cerebrais sofreu avanços significativos nos últimos anos. “Antigamente, quase todos os aneurismas eram tratados com cirurgia aberta em um procedimento de horas. Hoje em dia, em muitos casos, é possível tratar o aneurisma com uma cirurgia minimamente invasiva e o paciente, às vezes, vai pra casa no dia seguinte”.

Para o médico, os principais pontos positivos trazidos pelos avanços tecnológicos para as cirurgias de aneurisma são a recuperação muito mais rápida, a grande redução no risco de complicações e o retorno do paciente às atividades que pode levar apenas alguns dias, enquanto antes eram semanas de repouso.

Saúde neurológica e avaliação periódica

Um estudo publicado na revista científica The Lancet Neurology revelou que cerca de 3,4 bilhões de pessoas em todo o mundo vivem com alguma condição neurológica, um aumento de 18,2% em 31 anos. A análise considerou o número geral de incapacidade, doenças e morte prematura — medida conhecida como anos de vida ajustados por incapacidade (DALYs, na sigla em inglês) — causadas por condições neurológicas, entre os anos de 1990 e 2021.

O Dr. Davi Said Araújo reforça a importância do acompanhamento médico e realização de check-ups neurológicos para o diagnóstico precoce e tratamento adequado das condições neurológicas. Especialmente em casos de pacientes com histórico de aneurisma na família, os exames são recomendados a partir dos 20 anos. “Além disso, pacientes com sintomas leves e recorrentes como tonturas, alterações de memória, raciocínio, concentração ou sensações estranhas nas pernas à noite também devem ser avaliados, pois podem estar desenvolvendo condições como esclerose múltipla, neuropatias ou a chamada síndrome das pernas inquietas”, destaca o neurologista.

“Uma avaliação neurológica geralmente inclui um exame clínico detalhado, que avalia reflexos, força, sensibilidade e coordenação. Exames complementares comuns são a Ressonância Magnética (RM) e a Tomografia Computadorizada (TC) para imagens do cérebro e coluna, Eletroencefalograma (EEG) para atividade cerebral, Eletroneuromiografia para avaliação dos nervos, Polissonografia para avaliação da qualidade do sono e Punção Lombar para análise do líquido cefalorraquidiano”, relata o Dr. Marconi Cosme, neurologista especializado em eletroneuromiografia.

De acordo com o profissional, além do exame, o neurologista colhe informações sobre o estilo de vida e o histórico médico do paciente, em um acompanhamento personalizado. “O bom é que com essa tecnologia toda, conseguimos identificar qualquer alteração bem no começo, e isso faz toda a diferença no tratamento”, complementa o médico.

“Também podem ser indicados, conforme o quadro clínico, a ressonância magnética, tomografia computadorizada, eletroencefalograma, polissonografia para distúrbios do sono, punção lombar para análise do líquor e a eletroneuromiografia (ENMG), que avalia o funcionamento dos nervos periféricos em casos de dor, formigamento ou perda de sensibilidade”, acrescenta. 

Outro exame crucial para diagnósticos neurológicos é a angiografia cerebral, uma espécie de mapa super detalhado dos vasos sanguíneos do cérebro. Segundo o Dr. Frederico Prado, além de aneurisma, a tecnologia permite identificar malformações, vasos entupidos e tumores.

“Esse exame ficou muito mais seguro com o tempo. Hoje em dia, o risco de complicações neurológicas sérias é bem baixo, cerca de 0,5% a 1%. Isso significa que, em cada 200 exames, um paciente pode ter algum problema sério”, descreve o médico .

O profissional aponta ainda que a tecnologia disponível no Brasil acompanha as tendências mundiais, com imagens detalhadas e minuciosas e reconstrução rotacional em 3D. “É como se antes usássemos uma lupa e agora tivéssemos um super microscópio. Isso ajuda muito na hora de planejar o tratamento. É um e e tanto para cuidar melhor dos pacientes”, conclui Dr. Romilto Pacheco.

Para saber mais, basta ar: https://neuropleno.com.br/